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Foto do escritorCamila Masera

Abandono Afetivo vs. Paternidade Socioafetiva: Como o Brasil vem driblando seu histórico paterno


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Você já parou para pensar em como a ausência de um pai pode impactar a vida de uma criança? O abandono afetivo é um problema comum no Brasil, mas a paternidade socioafetiva surge como possível solução para driblar esse desafio histórico. Neste artigo, exploraremos como essas duas realidades se confrontam e o que tem sido feito para mudar esse cenário. 





O Contexto Histórico do Abandono Afetivo no Brasil 


O abandono afetivo refere-se à falta de envolvimento emocional e físico dos pais na vida de seus filhos. É um fenômeno que causa inúmeros danos psicológicos, sociais e emocionais às crianças. Segundo dados do IBGE, muitas crianças crescem sem a presença paterna, enfrentando dificuldades como problemas escolares e transtornos psicológicos. 


Paternidade Socioafetiva: Definição e Importância 


A paternidade socioafetiva é a relação de cuidado e afeto que se desenvolve independentemente de laços biológicos. Este conceito ganhou destaque por reconhecer que o vínculo emocional pode ser tão ou mais importante que o biológico.  

Sendo assim, a paternidade socioafetiva oferece uma estrutura familiar essencial para o desenvolvimento saudável das crianças. 


O Reconhecimento Legal da Paternidade Socioafetiva 


O reconhecimento da paternidade socioafetiva no Brasil é um marco legal significativo. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o vínculo socioafetivo deve ser considerado tão importante quanto o biológico. Em 2019, a Corte fixou a tese da “multiparentalidade”. Ela permite que uma criança tenha o nome de dois ou mais pais registrado, refletindo a diversidade das famílias contemporâneas. 

Além disso, casos como o reconhecimento de paternidade por padrastos têm se tornado mais comuns. Isto demonstra que o sistema judiciário reconhece a criação desses vínculos. Essas mudanças representam avanços na forma como a sociedade e o sistema jurídico enxergam as relações familiares. 


Abandono Afetivo e Paternidade Socioafetiva: Qual a relação? 


Enquanto o abandono afetivo dos pais biológicos causa uma lacuna na vida das crianças, a paternidade socioafetiva busca justamente preencher este vazio. Este modelo de paternidade cria vínculos afetivos que vão além da genética, proporcionando afeto, cuidado e empatia. Baseada em convivência e carinho, ela é essencial para suprir falta de apoio emocional e segurança causada pelo abandono parental. 

Ter a paternidade socioafetiva reconhecida publicamente e em juízo pode ser fundamental para o desenvolvimento de crianças abandonadas. Assim como promover o entendimento e a aceitação da paternidade socioafetiva na sociedade. Dessa forma, mais crianças podem se beneficiar de relações afetivas fortes e significativas, transformando suas vidas e proporcionando um futuro melhor. 


Desafios e Avanços no Reconhecimento da Paternidade Socioafetiva 


Embora o reconhecimento da paternidade socioafetiva seja um avanço, ainda existem problemas a serem enfrentados. O sistema judiciário precisa lidar com preconceitos e garantir que todas as famílias sejam tratadas igualmente. Além disso, é necessário educar a sociedade sobre a importância deste vínculo. 

 Embora tenha ocorrido um aumento significativo no número de reconhecimentos de paternidade socioafetiva, a conscientização social ainda é um desafio. Todos as configurações e arranjos familiares merecem respeito e reconhecimento. 


Conclusão 


O Brasil está avançando no reconhecimento da importância dos laços afetivos em contraposição ao abandono. Refletir sobre essas mudanças é essencial para promover uma sociedade mais justa e inclusiva. 

Advogados especializados nesse campo podem te ajudar a entender melhor sobre os impactos do abandono afetivo e da paternidade socioafetiva. 

 

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